Felipe Pradella, um dos principais suspeitos de participar do vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), foi ouvido nesta segunda-feira pela PF (Polícia Federal) em São Paulo, admitiu o desvio e apontou mais duas pessoas envolvidas. A afirmação é do advogado Luiz Vicente Bezinelli, que defende Luciano Rodrigues, também suspeito de envolvimento no caso.
O advogado informou que não acompanhou o depoimento, mas que as declarações foram passadas pela delegada responsável pelo caso. Segundo ele, Pradella também foi indiciado. A Polícia Federal ainda não se pronunciou.
Por volta das 15h, Bezinelli afirmou que as duas pessoas apontadas por Pradella já estavam sendo ouvidas pela PF. Ele, no entanto, não soube dar outras informações sobre os depoimentos.
O advogado defende o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria nos Jardins e que afirma ter sido procurado por Pradella e pelo DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid, que queriam contatos na imprensa para tentar vender a prova furtada. Ele disse acreditar que foi procurado porque já trabalhou como publicitário para veículos de comunicação.
Rodrigues e Craid foram ouvidos sábado (3) pela PF, indiciados e liberados. De acordo com o advogado, Rodrigues não tinha o objetivo de lucrar com a prova, mas alertar a imprensa sobre o vazamento. O advogado de Pradella não foi localizado nesta segunda-feira.
Investigação
Funcionário contratado temporariamente pela Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio Connasel --responsável pela elaboração e aplicação do Enem--, Pradella foi admitido para atuar na Plural, gráfica contratada pelo consórcio para imprimir as provas.
De acordo com as investigações, Pradella obteve a prova na gráfica e, com Craid, tentou vendê-la a veículos de comunicação por preços que chegaram a R$ 1 milhão. Rodrigues, amigo do DJ, foi quem fez o contato com o jornal "O Estado de S.Paulo", que denunciou o vazamento.
Com Folha de S.Paulo
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