Blog do Inaldo Sampaio
Para vencer a burocracia, o presidente liberou o dinheiro e disse implicitamente aos governadores: gastem com o que for preciso e depois prestem contas aos órgãos de controle
Após visitas ontem em Pernambuco e em Alagoas cidades dizimadas pelas chuvas, Palmares (PE) e Rio Largo, respectivamente, o presidente Lula liberou com uma canetada só R$ 275 milhões para cada um dos dois Estados para a reconstrução imediata de casas, escolas, pontes, rodovias, etc.
Como a promessa de liberação de recursos para socorrer vítimas de tragédia são vistas no Brasil com grande desconfiança, porque o governante dá a ordem mas a burocracia impede o seu cumprimento, o presidente da República disse o seguinte:
“Temos obrigação política, humana e moral de reconstruir tudo. É uma coisa sem limite.
É um adiantamento (de recursos), porque, no passado, entre uma desgraça e uma ajuda, você tinha que esperar que o coitado do prefeito levasse um projeto (para se habilitar a pôs as mãos no dinheiro). Muitas vezes, eles nem sabiam fazer os projetos.
E, portanto, 10 anos depois o dinheiro não chegava. (Agora) não haverá limite. Vamos derrotar a burocracia”.
Para vencer a burocracia, o presidente liberou o dinheiro e disse implicitamente aos governadores: gastem com o que for preciso e depois prestem contas aos órgãos de controle, sem dar importância à burocracia da Caixa, do Ministério das Cidades, etc.
Já o governador Eduardo Campos reuniu os presidentes do TCE (Fernando Correia), José Fernandes (Tribunal de Justiça) e Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), além do chefe do Ministério Público, Paulo Varejão, para dar-lhes ciência de que enviaria à AL um projeto de lei criando um Fundo Especial de Emergência e Calamidade.
O dinheiro deste Fundo é para ser empregado na recuperação dos prejuízos que foram causados pelas chuvas, independente de burocracia, pois se o Governo do Estado e as prefeituras forem licitar compra de colchões, de camas, de gêneros alimentícios, de medicamentos, etc, o socorro às vítimas das chuvas não chegaria tão cedo.
O Governo do Estado vai efetuar as compras e quer um representante de cada um daqueles Poderes ou Órgãos acompanhando a lisura dos gastos.
É isso aí.
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